quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Do tradicional ao moderno

Cultura e badalação fazem parte do cotidiano de quem anda pela Praça da Savassi

Por Henrique Coutinho, Jéssica Rayanne, João Vitor Cirilo e Raquel Durães

A Padaria que batizou o bairro.
(Foto: Arquivo/EM/D.A Press)

A praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, é um dos pontos de encontro mais importantes de Belo Horizonte. O local passou de um lugar tranquilo, para um dos ambientes mais badalados da cidade nos dias atuais, atraindo a atenção de um público diversificado que nem imagina como começou toda essa agitação. Apesar de ser um lugar famoso, não foi por Diogo de Vasconcelos que a praça ficou tão famosa. Devemos toda essa popularidade, a uma família de imigrantes italianos de sobrenome “Savassi”.

Em 1939, os Savassi inauguraram uma padaria com o sobrenome da família. Com o passar dos anos, o estabelecimento logo se juntou a bares que também se tornaram famosos; como os bares do Espanhol e do Português. Atualmente, a praça conta com grande quantidade de lojas, boates e barzinhos. Mesas espalhas nas ruas dão um diferencial à praça. “Aqui é mais gostoso e a área é aberta. Com esses barzinhos, é um ambiente muito bom e descontraído”, conta a estudante Luiza Santos, 18 anos.

Durante o período noturno. 
(Foto: Bráulio Mendonça)

Defensor da arte

Quando se chega à Praça da Savassi, nota-se uma enorme placa, com o nome do lugar: "Praça Diogo de Vasconcelos". Mas afinal, quem foi ele? Diogo (1843 – 1927) foi jornalista, político, advogado e historiador mineiro. Nascido em Mariana, foi o primeiro a lutar pela defesa do patrimônio artístico do estado.

Savassi: Linha do tempo

Doze anos após a morte de Diogo, uma família de italianos começou a escrever a história do lugar, indiretamente. A "Padaria Savassi" foi a responsável por popularizar a região, que cresceria com o passar dos anos.

1939: É inaugurada a Padaria Savassi
Anos 50: A chegada do rock em Belo Horizonte atraía mais pessoas para a região
Anos 60: A praça ganha o “pirulito”, criado para ocupar originalmente a Praça Sete
Anos 70: O lugar ficou ainda mais popular e a praça se tornou um dos lugares mais movimentados da cidade. O pirulito, 16 anos depois, voltou a seu local de origem
Anos 80: A Savassi ganhou alguns quarteirões fechados. Foram criados pontos de parada de pessoas de todas as faixas etárias. O tráfego se intensificou.
Anos 90: A região passou a ser chamada oficialmente de Savassi


A Praça antes e depois da reforma. Além da beleza, frequentadores consideram que o local ficou mais seguro.
(Foto: Wikipédia)

Shopping a céu aberto

A publicitária Fernanda Valeriano, 29, comenta: “O bairro tem muitos barzinhos para atrair todo tipo de público. O que também ajuda a chamar mais visitantes são as várias lojas que, inclusive, me atendem muito bem. A Savassi é um shopping a céu aberto”.

A obra de revitalização do local foi concluída em maio deste ano, e deixou os moradores e frequentadores muito satisfeitos. “Antes das obras, fui assaltada duas vezes aqui. Essa reforma trouxe mais segurança e conforto para as pessoas andarem à vontade. Isso sem falar na beleza da ‘nova praça’”, diz Fernanda.

Arte na praça

Em alguns pontos da Praça, encontramos figuras marcantes eternizadas em estátuas de bronze. Na Rua Pernambuco, com as avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo, temos a estátua de Henriqueta Lisboa, uma das maiores poetisas do Brasil que viveu no bairro. No próximo quarteirão, na Rua Fernandes Tourinho, avistamos o monumento de Roberto Drummond, autor de Hilda Furacão. Em tamanhos naturais, ambas são obras do artista Leo Santana.

Henriqueta Lisboa é uma das homenageadas com uma estátua na Savassi.  
(Foto: skyscrapercity.com)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Onze anos do 11 de setembro

Por João Vitor Cirilo e Raquel Durães


Onze anos da tragédia de 11 de setembro de 2001, que marcou a história dos Estados Unidos. Relembraremos essa data com úma música. Um dia após os ataques ao World Trade Center, o ex-Beatle Paul McCartney escreveu uma canção pregando a luta pela liberdade, chamada de "Freedom".






Freedom
This is my right
A right given by god
To live a free life
To live in freedom

Talking about freedom
I'm talking about freedom
I will fight for the right
To live in freedom

And do you want
To try to take it away
You will have to answer
Cause this is my right

Talking about freedom
I'm talking about freedom
I will fight for your right
To live in freedom

Yeah Oh

Talking about freedom
I'm talking about freedom
I will fight for your right
To live in freedom

Everybody talking about freedom
I'm talking about freedom
We will fight for the right
To live in freedom

Oh

Talking about freedom
I'm talking about freedom
I will fight for your right
To live in freedom

Talking about freedom
I'm talking about freedom
We will fight for the right
To live in freedom

Liberdade
Este é o meu direito
Um direito dado por Deus
Para viver uma vida livre
Para viver em liberdade

Falando de sobre liberdade
Eu estou falando sobre liberdade
Eu iriei lutar pelo direito
De viver em liberdade

Se você quiser
Tentar tirá-lo
Você terá a resposta
Pois esse é meu direito

Falando sobre liberdade
Estou falando sobre liberdade
Eu iriei lutar pelo seu direito
De viver em liberdade

Yeah Oh

Falando sobre liberdade
Estou falando sobre liberdade
Eu iriei lutar pelo seu direito
De viver em liberdade

Todos falando sobre liberdade
Estou falando sobre liberdade
Nós vamos lutar pelo direito
De viver em liberdade

Oh!

Falando sobre liberdade
Estou falando sobre liberdade
Eu iriei lutar pelo seu direito
De viver em liberdade

Falando sobre liberdade
Estou falando sobre liberdade
Eu iriei lutar pelo seu direito
De viver em liberdade


domingo, 2 de setembro de 2012

Agente penitenciário conversa com alunos de Jornalismo da Newton


Um olhar diferente sobre os agentes penitenciários. Foi essa a proposta de aprendizado aos alunos de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva, na noite desta quarta-feira (29). Roland Lana, que trabalha há mais de 20 anos na área, conversou com estudantes, esclarecendo dúvidas e contando as experiências proporcionadas pela profissão. Ao longo do papo, ele não se restringiu a falar apenas de sua vida. Sistema prisional, recuperação de presos e educação também foram temas da conversa.

Da adrenalina à ociosidade

Roland Lana começou sua carreira como agente penitenciário em um momento ruim do Brasil, que passava por escassez de empregos. Trabalhando no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, viveu momentos de tensão. Durante uma rebelião, chegou a ser usado como refém. Situações como essa o afetaram, e o deixaram “destruído emocionalmente”.

Quando seu trabalho foi comparado ao de soldados retornados de uma guerra, Lana disse ter gravada em sua mente cada cena presenciada durante seus anos de experiência. Momentos como o seguinte à morte de vários presidiários em uma rebelião na Nelson Hungria, por exemplo, deixaram-o marcado.

Porém, o clima movimentado passou. Após vários anos na Nelson Hungria, Roland Lana trabalha agora em um albergue penitenciário. Apesar da “tranquilidade”, ele reclama, ironicamente: “É um dos trabalhos mais ociosos do mundo”.

Recuperação e educação

O agente penitenciário, questionado sobre o sistema prisional e a possibilidade de recuperação de um preso, foi taxativo: a possibilidade de recuperação, nas atuais condições, é remota. Lana não acredita que a construção de mais penitenciárias resolva o problema de segurança do país. “Não deveria nem existir penitenciária. Deveria existir isso aqui”, disse apontando para o chão da sala de aula.