Cultura e badalação fazem parte do cotidiano de quem anda pela Praça da Savassi
Por Henrique Coutinho, Jéssica Rayanne, João Vitor Cirilo e Raquel Durães
A Padaria que batizou o bairro.
(Foto: Arquivo/EM/D.A Press)
A praça
Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, é um dos pontos de
encontro mais importantes de Belo Horizonte. O local passou de um lugar
tranquilo, para um dos ambientes mais badalados da cidade nos dias atuais,
atraindo a atenção de um público diversificado que nem imagina como começou
toda essa agitação. Apesar de ser um lugar famoso, não foi por Diogo de
Vasconcelos que a praça ficou tão famosa. Devemos toda essa popularidade, a uma
família de imigrantes italianos de sobrenome “Savassi”.
Em 1939,
os Savassi inauguraram uma padaria com o sobrenome da família. Com o passar dos
anos, o estabelecimento logo se juntou a bares que também se tornaram famosos;
como os bares do Espanhol e do Português. Atualmente, a praça conta com grande
quantidade de lojas, boates e barzinhos. Mesas espalhas nas ruas dão um
diferencial à praça. “Aqui é mais gostoso e a área é aberta. Com esses
barzinhos, é um ambiente muito bom e descontraído”, conta a estudante Luiza
Santos, 18 anos.
Durante o período noturno.
(Foto: Bráulio Mendonça)
(Foto: Bráulio Mendonça)
Defensor
da arte
Quando se
chega à Praça da Savassi, nota-se uma enorme placa, com o nome do lugar:
"Praça Diogo de Vasconcelos". Mas afinal, quem foi ele? Diogo (1843 –
1927) foi jornalista, político, advogado e historiador mineiro. Nascido em
Mariana, foi o primeiro a lutar pela defesa do patrimônio artístico do
estado.
Savassi:
Linha do tempo
Doze anos
após a morte de Diogo, uma família de italianos começou a escrever a história
do lugar, indiretamente. A "Padaria Savassi" foi a responsável por
popularizar a região, que cresceria com o passar dos anos.
1939: É
inaugurada a Padaria Savassi
Anos 50:
A chegada do rock em Belo Horizonte atraía mais pessoas para a região
Anos 60:
A praça ganha o “pirulito”, criado para ocupar originalmente a Praça Sete
Anos 70:
O lugar ficou ainda mais popular e a praça se tornou um dos lugares mais
movimentados da cidade. O pirulito, 16 anos depois, voltou a seu local de origem
Anos 80:
A Savassi ganhou alguns quarteirões fechados. Foram criados pontos de parada de
pessoas de todas as faixas etárias. O tráfego se intensificou.
Anos 90:
A região passou a ser chamada oficialmente de Savassi
A Praça antes e depois da reforma. Além da beleza, frequentadores consideram que o local ficou mais seguro.
(Foto: Wikipédia)
(Foto: Wikipédia)
Shopping
a céu aberto
A publicitária Fernanda Valeriano, 29, comenta: “O bairro
tem muitos barzinhos para atrair todo tipo de público. O que também ajuda a
chamar mais visitantes são as várias lojas que, inclusive, me atendem muito
bem. A Savassi é um shopping a céu aberto”.
A obra de
revitalização do local foi concluída em maio deste ano, e deixou os moradores e
frequentadores muito satisfeitos. “Antes das obras, fui assaltada duas vezes
aqui. Essa reforma trouxe mais segurança e conforto para as pessoas andarem à
vontade. Isso sem falar na beleza da ‘nova praça’”, diz Fernanda.
Em alguns
pontos da Praça, encontramos figuras marcantes eternizadas em estátuas de
bronze. Na Rua Pernambuco, com as avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo,
temos a estátua de Henriqueta Lisboa, uma das maiores poetisas do Brasil que
viveu no bairro. No próximo quarteirão, na Rua Fernandes Tourinho, avistamos o
monumento de Roberto Drummond, autor de Hilda Furacão. Em tamanhos naturais,
ambas são obras do artista Leo Santana.
Henriqueta Lisboa é uma das homenageadas com uma estátua na Savassi.
(Foto: skyscrapercity.com)
Conheça
mais a Savassi: