sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Homofobia: Uma doença ou um simples preconceito?

Por Henrique Coutinho.

Com o passar dos anos, o mundo se vê a cada dia sofrendo com adaptações e mudanças bruscas, na sociedade. Mas, uma coisa que parece que nunca ter fim, é o preconceito. Após muitos anos de luta contra o racismo, nossa sociedade pós-escravidão, continua com uma mentalidade arcaica e preconceituosa, ou seja, pessoas não aceitam que muitas coisas devem “evoluir”. Mesmo que você não goste, ela estará ai. Quando dizemos “evolução”, queremos dizer que, irão acontecer coisas novas na sociedade, que concordaremos ou não. E seremos obrigados a aceitar as circunstâncias.

Um exemplo que vem, causando muita polêmica é a homossexualidade. Que é o fato de duas pessoas do mesmo sexo se relacionarem como um casal. Os homosexuais têm sofrido muito com pessoas que não compreendem as suas opções sexuais, e esses tipos de pessoas foram denominados homofóbicos. (Homofobia é o termo denominado para uma espécie de medo irracional diante  da homossexualidade ou da pessoa homossexual, colocando este em posição de inferioridade. Utilizando-se, muitas vezes de violência física e/ou verbal.


Após muitos protestos, carreatas, marchas nas ruas das cidades pelo Brasil, a Associação Brasileira de Lésbicas,Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) finalmente fora ouvidos. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal, reconheceu a legalidade na união estável entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Mas apesar dessa e de outras conquistas no campo dos direitos, a homossexualidade infelizmente ainda sofre com alto índice de preconceito. Devido a isso a comissão de juristas que discutem a reforma do Código Penal no Senado, aprovou a proposta que irá a partir de agora, ser tornar crime, o preconceito contra gays e transexuais. Agora, esta modalidade de preconceito estará sendo igualada ao racismo, isto é, imprescritível e inafiançável A pena prevista para todas as modalidades de crime vai de dois a cinco anos de prisão, e pode ser aumentada de um terço até a metade se for cometida contra criança ou adolescente.
Fontes: http://www.brasilescola.com/psicologia/homofobia.htm

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"Menos é sempre mais"

Por Jéssica Rayanne.

Como dizia Einstein, "a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original". Creio muito nisso! De fato o ser humano cresce, amadurece, desenvolve e cria novos pensamentos, novos jeitos, novas cores, à medida que se deixa encantar por páginas e páginas de um bom livro ou de cultura de todas as formas.

Com os meios tecnológicos cada vez mais avançados, a tendência é que as pessoas fiquem gradativamente mais distantes das outras e não dê para trocar informações com uma tela de computador, trocar experiências com um celular e nem entrosar com um fone de ouvido. Longe de mim dizer que a tecnologia foi ou é algo ruim. Apenas quero dizer que existe mais que isso, que podemos sim ter algo mais solido e tátil,  do que apenas o mundo virtual.

Cada vez mais as pessoas se individualizam e têm menos vontade de conversar. Estão se esquecendo dos bons modos, a simpatia e o carinho, e ficando só a pressa e o desespero para correr atrás de algo que nem elas mesmas sabem o que é.

Estive em uma palestra com uma figura interessante, o artista plástico, compositor e educador Carlos Barmak, onde esse foi o tema abordado _ o desejo de esconder-se do outro, de não dizer de verdade o que se pensa, de reprimir seus desejos ou muitas vezes nem pensar neles. Principalmente, o esquecimento do viver com tranquilidade. Como diz o velho ditado, “menos é sempre mais”, e é melhor estar em casa lendo um bom livro _ livro mesmo, papel impresso com palavras que podem mudar a sua vida, sua forma de pensar sobre as coisas, a sociedade, a vida _ do que apenas estar em um mundo virtual e sem vida!

Precisamos de mais tempo para lotar ainda mais uma agenda que já está mega cheia. É o momento de pararmos para refletir, para descansar dessa loucura toda, de sentar na varanda e dar literalmente um tempo do celular, da internet, da TV, para dessa forma fazermos como já dito por um dos filósofos mais brilhantes da historia. Pensar mais no outro, esquecer um pouco essa agenda, refletir sobre seu tempo e espaço...

Quando de fato começarmos a pensar mais no todo do que no individual, teremos mais, com certeza, muito mais!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Donas do lar

Por Jéssica Rayanne.

Depois de décadas de lutas pelo direito de igualdade, as mulheres se mostram cada vez mais competentes e dignas desses titulo. Isso não só é mostrado no mercado de trabalho, muitas vezes substituindo o sexo masculino em algumas áreas, mas se tornando "donas do lar". Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 37% do total de famílias no Brasil são chefiadas por mulheres. Com isso, fica clara a importância delas para a sociedade e para as famílias do país.

Segundo o Jornal  Hoje, o homem ainda esta na frente com 61,3%, mas, em dez anos, cresceu muito o número de mulheres que assumem o papel de chefes do lar. São viúvas, divorciadas, mães solteiras, que trabalham muito para criarem os filhos sozinhas.

Não é fácil a rotina de trabalhar fora, estudar, cuidar da casa, e das crianças. Quase não sobra tempo para cuidar de si. Muitas mulheres trabalham em mais de um emprego para suprir a necessidade da família. As avós costumam ter um papel importante, ajudando a cuidar das crianças e da casa. Uma prova disso é a aposentada Bernadete Carvalho, que conhece bem as dificuldades da mulher que chefia um lar. Ela ficou viúva quando a filha tinha nove anos.

“Eu puxo a orelha mesmo. Quando tem que dar bronca eu dou, quando tem que botar de castigo, e correr atrás com escola e botar pra estudar. Eu faço com muita alegria, com muito prazer, agradecendo todo dia por isso, porque ele me concedeu essa graça de ter os meus netos”, conta.

Muitas jovens se tornam mães de rapazes que muitas vezes não querem assumir o compromisso de cuidar de uma criança, deixando-as "na mão". Assim, aumenta a necessidade de trabalhar fora para sustentar a criança, e também do estudo, visando um futuro melhor para o filho. Isso faz delas mulheres com grandes responsabilidades, apesar de ainda jovens.

O país esta mudando e, com ele, a sociedade. Devemos educar o país para que o crescimento dessa estatística seja positiva e benéfica para todos.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

"Belo Horizonte F.C." percorre os caminhos do futebol na capital mineira

Desde o fim de agosto, no Museu Abílio Barreto, exposição é uma grande atração para os amantes do futebol.

Uma empolgante viagem. É essa a sensação que a exposição "Belo Horizonte F.C. – Trajetórias do Futebol na Capital Mineira" deixa aos muitos visitantes do Museu Histórico Abílio Barreto, em BH. Recebendo torcedores desde o fim de agosto, a mostra percorre todos os caminhos traçados pelo esporte mais apaixonante do mundo, exclusivamente em Belo Horizonte. Camisas, troféus, jornais, faixas, placas, áudios, vídeos... uma grande quantidade de materiais é capaz de encantar aqueles que verdadeiramente amam o futebol.

Espaço para todos

Enganou-se aquele que pensou que iria encontrar, em sua maioria, materiais de Galo e Raposa. A exposição vai muito além disso. Que tal uma foto do Sport Club, primeira agremiação futebolística da capital mineira? Ou então, mais à frente, deparar-se com um jornal do Venda Nova Futebol Clube, tradicional clube amador, datado de setembro de 1994? Além do VNFC, vários outros interessantes materiais de equipes amadoras também foram disponibilizados (confira fotos no fim da matéria), como a rescisão de contrato entre o Esporte Clube Renascença e Wilson Piazza, craque histórico do Cruzeiro.

Jornal do Venda Nova Futebol Clube (set/1994) enaltece os feitos do clube como revelador de atletas e traz uma entrevista com o ex-atacante Euller, formado pela equipe da região norte de BH.
(Foto: João Vitor Cirilo)

Evidentemente, os torcedores de Atlético e Cruzeiro também puderam relembrar os belos momentos históricos de suas equipes. Atleticana fanática, Vera Lúcia, 62, aprovou a exposição. "Gostei de tudo o que vi, e de relembrar coisas que eram do meu tempo e eu não pude ver na época. Gostei também de matar a saudade do Kalil (Elias Kalil, ex-presidente do Atlético), e de tudo o que se refere ao Galo. Comecei a gostar de futebol muito tarde, então foi uma oportunidade de ver melhor o que não pude acompanhar", conta.

Vera Lúcia aproveitou para "puxar a orelha" dos atletas dos dias atuais. "O importante de tanta história junta é que os mais jovens podem ver que o importante é jogar futebol. Hoje a gente se decepciona ao ver tanta gente simulando, fingindo faltas que não existiram. Antigamente os atletas jogavam mais futebol", disse.

A "polêmica" camisa amarela usada por Raul Plassmann, goleiro do Cruzeiro entre 1965 e 1978. 
(Foto: João Vitor Cirilo)


O cruzeirense Igor Tadeu, 27, apreciou a oportunidade de perceber a evolução do esporte. "O que eu gostei foi ver como era o futebol antigamente e como se tornou nos dias atuais. E isso é importante até para mostrar aos mais jovens a origem do futebol, algo que gostamos tanto. Obviamente, gostei mais dos materiais da Raposa", conta o professor de Educação Física, que viu de perto a "polêmica" camisa amarela usada pelo goleiro Raul Plassmann, que representou o Cruzeiro entre as décadas de 1960 e 1970. Naquela época, os goleiros tinham como costume o uso de camisas pretas. Quando estreou pelo Cruzeiro, em 1965, não havia uma camisa de goleiro que servisse em Raul, então teve que pegar uma camisa amarela emprestada, o que chamou a atenção de todos, gerando insinuações quando à sua sexualidade.

A exposição "Belo Horizonte F.C. - Trajetórias do Futebol na Capital Mineira" é atração do Museu Histórico Abílio Barreto, localizado na Avenida Prudente de Morais, 202, no bairro Cidade Jardim. O torcedor pode visitar a mostra de de terça a domingo, das 10 às 17 horas, com exceção das quartas e quintas, quando o museu fica aberto das 10 às 21 horas. A entrada é franca.

Alguns dos itens da exposição:
Sport Club, primeira equipe de futebol de BH, fundada em 1904.

Taça Bueno Brandão, primeira competição entre clubes de futebol de Belo Horizonte, realizada em 1914 e vencida pelo Atlético.

Camisa do Palestra Itália, hoje Cruzeiro, fundado em 1921 por imigrantes italianos.

 Placa de inauguração do Estádio Presidente Antônio Carlos, em maio de 1929.

 Bairros Santo Agostinho e Barro Preto, onde ficavam os estádios de Cruzeiro e Atlético.

 Estádio Otacílio Negrão de Lima - Alameda, em 1948.

Time do Atlético na Excursão do Gelo, em 1950.

 Passaporte usado pelo ex-goleiro Kafunga (Galo) durante a Excursão do Gelo, em 1950.

 Atletas do Esporte Clube Renascença, na década de 1960.

 Pôster de um time do Cruzeiro na década de 1960.

 Revista Foto Esporte de 1964, com Jair Bala na capa.

 Flâmula comemorativa à inauguração do Mineirão, em 1965.

 Maleta-gravador utilizada pela rádio Itatiaia.

 Rescisão de contrato de Wilson Piazza, ex-atleta do Cruzeiro, com o Esporte Clube Renascença, em 1965. 

Camisa utilizada pelo Atlético durante a vitoriosa campanha no Campeonato Brasileiro de 1971.

 Placa dedicada a Marques, autor do gol 1000 do Atlético em Brasileiros.

 Camisa da Associação Atlética Cachoeirinha.

Uniforme do Grêmio Espanhol.

Camisa do Inconfidência Esporte Clube.

Fotos: João Vitor Cirilo

Graffite nas ondas da nova era

Por  Henrique Coutinho

Em tempos de novidades tecnológicas, o esperado era as novas substituírem as antigas, correto? Errado! O rádio é um grande exemplo disso, um meio de comunicação que vem se adaptando ao tempo, mas nunca sai de moda. E a bola da vez é o programa Graffite, na rádio 98 FM de Belo Horizonte, que tem uma trajetória de sucesso, mas como em todo trajeto, existiram obstáculos no caminho.  
 
Dudu, Magela e Rodrigo.
(Foto: 98fm.com.br)
Luiz Eduardo Schechtel, mais conhecido como Dudu, desde o começo de sua carreira no rádio, sempre quis criar um programa no qual os ouvintes tivessem mais espaço na programação. Em 1995, Dudu, já trabalhando como locutor na rádio Extra FM de Belo Horizonte, teve o apoio do diretor artístico Fernando Coelho, que aceitou a ideia de colocar o programa Graffite no ar. O programa permaneceu na rádio Extra por três anos, e logo em seguida saiu do ar, pois Dudu foi trabalhar na rádio Jovem Pan da capital mineira, em outro programa chamado Amolação, apresentado em parceria com Rodrigo Rodrigues, seu fiel amigo e companheiro de Graffite. Foi na Pan onde ele conheceu o Judson Porto, um dos locutores da rádio que futuramente seria parceiro no programa Graffite na TV Alterosa. 

No ano 2000, Fernando Coelho, ex-diretor da rádio Extra, assumiu a direção da rádio Transamérica e convidou o Dudu para voltar com o Graffite. Ele, sem pensar duas vezes, topou participar do projeto e convidou novamente seus antigos companheiros de Graffite, Rodrigo Rodrigues e Totonho. Antes da estreia, Dudu teve a ideia de acrescentar mais uma pessoa no programa, seu amigo Caju. Foi assim que nasceu a amizade e a parceria de Caju e Totonho, que futuramente viraram humoristas e atores de teatro e de televisão, uma parceria que vem dando certo há mais de doze anos. O Graffite permaneceu na rádio Transamérica somente um ano, pois a emissora estava mudando de estilo musical na época, que era focado em um público mais jovem que ouvia rock, hip-hop e eletrônico, para um público mais popular, que ouve sertanejo, axé e pagode.

Em 2001, Dudu entrou para a televisão. Era representante do Clube Atlético Mineiro na bancada do programa esportivo Alterosa Esporte, na TV Alterosa, substituindo Dadá Maravilha, ex-jogador e antes representante do Galo. Dudu foi consolidado no AE com o bordão “Galo Doido”. Sendo assim, surgiu a proposta de trazer o Graffite para a televisão, mas com uma pegada diferente, pois o Graffite na TV era um programa de auditório. 

Seu primeiro programa foi gravado no teatro Alterosa, contando com bandas, entrevistas e até com assistentes de palco. Judson Porto, seu ex-companheiro de trabalho na rádio Jovem Pan, trabalhava na rádio Guarani FM como operador de gravação. No ano de 2003, Judson recebeu o convite de Dudu e Robson Leite, que era o diretor do Graffite na TV, para comandar a parte musical e animar a plateia com um de seus personagens, o “Djegue”. Ele era um personagem nordestino que Judson havia criado para homenagear seu avô paraibano. Em entrevista, Judson contou que no primeiro dia do programa, eles entrevistaram a banda Tianastácia, e receberam também a presença do mágico Renner. No meio de um de seus números de mágica, ele jogou as cartas para cima, e uma das cartas ficou presa em um holofote. Por questões institucionais e problemas comerciais, o projeto Graffite na TV foi finalizado porque, segundo Judson, o programa não era muito “vendável para o horário”.

Em 2007, Dudu assumiu a direção artística da rádio 98 FM de Belo Horizonte. A 98 sempre foi conhecida como uma rádio que é “feita pelo ouvinte”, ou seja, ele sempre participa de tudo, pede músicas e participa também de talk shows, programas radiofônicos em que o ouvinte dá a sua opinião sobre determinado assunto e interage com os locutores. No ano de 2008, após uma reunião com a produção e direção da rádio 98 FM, surgiu novamente à ideia do retorno do Graffite, agora em uma nova emissora. Após essa reunião, Gilbert Campos, apresentador do Silicone Show na época, incentivou Dudu a voltar com o programa de 17 às 19 horas. No dia 18 de fevereiro de 2008, o programa Graffite estreou na 98 FM, com a mesma formação que os consagrou na rádio Transamérica: Dudu, Caju, Totonho e Rodrigo Rodrigues. 

Logo depois de um tempo, Caju e Totonho saíram do programa, porque foram se dedicar mais à televisão, com seu programa na TV Alterosa, o “Caju e Totonho em OFF”. Após a saída de Caju e Totonho, Dudu fez o programa somente com o Rodrigo Rodrigues e, nesse meio tempo, o humorista Geraldo Magela, popularmente conhecido como “O Ceguinho”, ia às vezes para divulgar suas apresentações teatrais e shows de stand-up. Em um determinado dia, Dudu convidou, no ar, Geraldo Magela para participar do programa definitivamente, atendendo a muitos pedidos dos ouvintes. Magela já vai para seu terceiro ano como integrante no Graffite. 

Um dos maiores orgulhos de Dudu é saber que existem pessoas que ouvem o Graffite, não só pelo simples fato de se divertirem, mas também para sairem de depressão profunda, problemas em casa e também perda de algum ente querido. Isso faz do Graffite muito mais que um simples programa de rádio. 

Em meio a novas tecnologias como Mp3 e Ipods, o rádio, mesmo com o passar do tempo, nunca caiu no esquecimento, o Graffite é mais que um exemplo disso. 

“Pra mim, na vida existem três pilares. O primeiro é a humildade. Nunca ache que você sabe tudo, porque você está sempre aprendendo. O outro é o profissionalismo. Ser profissional é ser dedicado, respeitar quem trabalha com você. Ser profissional não é só você cumprir o seu horário e fazê-lo bem, é ser profissional em todos os sentidos. E o último pilar é o amor, porque você tendo amor pela profissão podem vir todos os problemas do dia-dia, que são pessoas que te jogam pra baixo, pessoas que querem puxar o seu tapete... são momentos difíceis na profissão, de você não conseguir o seu espaço, de não receber o quanto poderia receber. Então eu acho que amar a sua profissão é o passo mais importante para que você se dê bem, aprenda e que você queira sempre estar motivado a fazer o que você faz, pois é o que escolheu para a sua vida e é o que vai te seguir durante muitos e muitos anos”, diz Dudu.