terça-feira, 30 de outubro de 2012

Agressão "despercebida"

Por Raquel Durães

Na madrugada de sexta-feira, 26, Juliano Azevedo publicou, na íntegra, os horrores que sofreu na Savassi, em um lugar que, como ele mesmo disse, é "a região mais democrática de Belo Horizonte", devido à sua diversidade cultural. No relato, ele conta que foi atacado por dois skinheads em um dos pontos mais movimentados do bairro. O motivo? Ter abraçado um amigo.

A intolerância dos Skinheads e a impotência das pessoas perante situações como essa é algo preocupante. O que mais preocupa é a frequência com que isso acontece pela cidade. E mais, as situações são sempre as mesmas. As vítimas, em sua maioria, homoafetivos, são espancados, torturados e, muitas vezes, mortos em espaço público. Entretanto, nada acontece aos agressores, e o descaso com a segurança pública fica ainda mais evidente.

Como se resolve a ignorância da raça humana, que tenta eliminar seus iguais?

"Senti que foi uma despedida de uns valores que acredito como cristão: não dá pra perdoar tudo. Perdoo o sujeito que não possui amor ao próximo, mas não perdoo a violência. A agressão, o ódio. Jamais perdoarei quem me bateu. Jamais esquecerei o descaso das forças de segurança, as quais eu pago diariamente com meu suor de trabalhador. Minha integridade foi machucada. Meu direito constitucional foi rasgado no momento que precisei dele especialmente" - Juliano Azevedo

    

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