terça-feira, 16 de outubro de 2012

Jovens e livros: do papel as telas


Quem tem o hábito de leitura, certamente possui um rico vocabulário, intelecto, e senso crítico. Entretanto, nem sempre esse hábito vem acompanhado pela afinidade por livros.


Por Raquel Durães

Pesquisas realizadas pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DIFUSÃO DO LIVRO, em agosto deste ano, apontam que a leitura está perdendo o lugar para as famílias brasileiras. Ao invés de livros, jovens consomem cada vez mais aparelhos eletrônicos, como celulares e videogames. Segundo a pesquisa, atualmente as famílias gastam cerca de 20% mais com revistas e jornais, entretanto o consumo de livros caiu 36% em 2012. Outra razão que pode explicar o declínio do consumo dos livros é o preço, que, em alguns casos, são muito caros. “Prefiro baixar na internet, pelo menos é de graça”, diz André Rodrigues, 23, estudante.

O costume de ler, especialmente livros, deve ser incentivado desde a infância. “Devo meu carinho pelos livros à minha mãe. Cresci vendo-a ler, então estou acostumada com eles”, afirma a estudante Fernanda Santos, 21. Entretanto, ela diz que não tem muita paciência com outros meios impressos, por exemplo, os jornais: “prefiro algo que fuja do comum. Os livros conseguem me tirar da rotina que, às vezes, é muito entediante”, conta Fernanda.

Impressos ou digitais?

Estamos na era digital, onde tudo é voltado para computadores, celulares e equipamentos com alta qualidade tecnológica. Os livros, antigamente só de papel, agora também estão disponíveis nas telas dos iPhones, iPad e outros aparelhos – são os chamados e-Books. Uma das vantagens dos livros digitais é que eles normalmente saem mais baratos, devido à sua facilidade de divulgação e seu baixo custo de produção.

Entretanto, essa nova moda não agrada a todos. “Prefiro os livros tradicionais. Ler nas telas é extremamente cansativo. Acho que nunca vou me adaptar”, diz Fernanda. E completa: “tenho alguns livros arquivados no computador, mas não tenho paciência. Gosto deles na minha mão”. Se, para alguns, os livros digitais são uma tortura, para outros é sinônimo de praticidade. “É melhor ter os livros em aparelhos digitais. Economiza espaço, a mochila não pesa e é bem mais prático”, afirma André Rodrigues.

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